domingo, 13 de junho de 2021

Mercado da beleza apresenta novas tendências para 2021


Por: Daniel Pereira
Fonte: sallve.com.br
Em: 17.02.21




Produtos veganos e naturais 
lookaholic.wordpress.com


Produtos que ajudam a promover o bem-estar e marcas que proporcionam boa experiência do cliente na compra online são tendências que guiarão o setor
O mercado da beleza é uma das categorias de maior e mais rápido crescimento no varejo global. De acordo com o Ranking Mundial de Consumo de HPPC da Abihpec/Euromonitor, o Brasil é o quarto maior mercado de beleza e cuidados pessoais do mundo, ficando atrás apenas para os Estados Unidos, China e Japão.A pandemia impulsionou ainda mais a busca por produtos para cuidados com a pele, principalmente os comprados pela internet. Segundo estudo feito pela agência Corebiz, de São Paulo, o faturamento do comércio eletrônico de cosméticos, a nível nacional, cresceu 68%, entre 1º de março e 14 de junho de 2020. Outro levantamento, feito pelo GetNinjas, aplicativo de contratação de serviços na América Latina, apontou que a demanda pela categoria Moda e Beleza contabilizou mais de 200 mil solicitações em 2020. O número representa um aumento de 54% nas buscas em comparação com 2019.

Mas quais são as razões responsáveis pelo crescimento desse mercado mesmo em meio à crise global? E quais serão as tendências do mercado da beleza em 2021? Uma conversa entre José Paulo Pereira Silva, CEO do Grupo Ideal Trends, e Liliane Oliveira, química e diretora técnica da Anne Caroline Global, empresa de dermocosméticos do Grupo Ideal Trends, abordou o futuro do mercado da beleza e sobre os novos hábitos trazidos pela pandemia que devem continuar em alta mesmo após a crise.

Para os especialistas, claramente, o impacto da Covid-19 trouxe enormes mudanças, mais significativamente no crescente interesse em saúde e bem-estar. Conforme Liliane, o ano de 2020 desencadeou uma readaptação do comportamento do consumidor e da indústria também. "O setor de cosméticos tradicionalmente cresce na crise. No ano passado, mesmo em meio ao isolamento, os serviços de beleza apresentaram aumento, deixando o setor no azul. Os consumidores são movidos agora por novos hábitos de consumo, como o de comprar online, que devem continuar mesmo depois que a pandemia acabar", afirma.

Liliane também diz que o fato de as pessoas passarem mais tempo em casa foi um fator impulsionador desse mercado. "O ato de cuidar de nós mesmos traz conforto e é importante para manter a saúde mental em tempos desafiadores. Por estar em casa e ter mais tempo, o comportamento do consumidor do setor da beleza está cada vez mais interligado ao bem-estar e ao autocuidado. Por isso, marcas como a Anne Caroline Global prezam cada vez mais por produtos com fórmulas inovadoras e naturais que protegem e combatem o estresse. Isso inspira confiança e agrega valor para os consumidores", revela.

Para José Paulo, presidente da Anne Caroline Global, o cenário da beleza é bastante positivo. "As pessoas estão buscando se cuidar mais, e os dermocosméticos se destacam, pois são tratamentos de beleza e saúde, trazendo mais resultados que os cosméticos comuns", afirma.

O bem-estar se tornou uma parte importante da beleza e a pandemia impulsionou o conceito de saúde holística, com foco no bem-estar mental. Uma pesquisa desenvolvida pela empresa americana Mintel descobriu que 38% das mulheres nos Estados Unidos, com idades entre 25 e 34 anos, estão interessadas em produtos de beleza que reduzem o estresse e a ansiedade.

Tendências online em ação

Campanha para o fim da crueldade animal
blog.slowbeauty.com.br



Em meio a um cenário de compras quase que exclusivamente feitas por meio online, o caminho do sucesso é proporcionar ao consumidor uma boa experiência. Conforme José Paulo, os consumidores estão mais confortáveis comprando produtos de beleza online do que nos últimos anos, e isso está preparando o terreno para as marcas criarem novas estratégias robustas para envolver o consumidor no e-commerce.

Em razão da pandemia de covid-19, os brasileiros reforçaram os hábitos em matéria de higiene, gerando Apesar da crise de covid-19, da queda do PIB do país e das atuais turbulências políticas, o segmento de produtos naturais da indústria brasileira de beleza cresceu 10% em 2020, um nível idêntico ao de 2019.

Em razão da epidemia de covid-19, os brasileiros reforçaram os hábitos em matéria de higiene, gerando um crescimento anual surpreendente: 5,8% (valores ex-factory) nas vendas de produtos cosméticos e de higiene, segundo a ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos).


Cosmetologia natural e sustentável
ahaloe.com.br


Com o isolamento social e as medidas de precaução para evitar o contágio, os consumidores brasileiros deram atenção ainda maior ao bem-estar e aos cuidados pessoais. Esse comportamento gerou aumento da demanda em diversas categorias, por exemplo na de máscaras e tratamentos faciais, bem como na de produtos para higienização e hidratação das mãos e do corpo, afirma a Kline em um recente relatório.Com o isolamento social e as medidas de precaução para evitar o contágio, os consumidores brasileiros deram atenção ainda maior ao bem-estar e aos cuidados pessoais. Esse comportamento gerou aumento da demanda em diversas categorias, por exemplo na de máscaras e tratamentos faciais, bem como na de produtos para higienização e hidratação das mãos e do corpo, afirma a Kline em um recente relatório.

 

Fim dos testes em animais na china


Por: Daniel Pereira
Fonte: brazilbeautynews.com
Em: 17.02.21





Coelho, animal utilizado para testes
mocacriada.com.br

Os diversos anteprojetos de implementação da nova regulamentação chinesa sobre cosméticos já deixavam entrever o fim dessa exigência. A notícia agora é oficial: as Provisões para a Gestão do Registro de Cosméticos e Dossiês de Notificação (Provisions for Management ofCosmeticRegistrationandNotification Dossiers), publicadas em 4 de março deste ano pela NMPA (National Medical ProductsAdministration), estipulam que os produtos cosméticos considerados "de uso comum" poderão ser importados pela China sem que precisem ser submetidos previamente a testes em animais.

A regulamentação chinesa sobre cosméticos distingue duas categorias de produtos: os cosméticos "de uso especial" e os cosméticos "de uso comum". Entre os cosméticos "de uso especial" estão tinturas capilares, soluções para permanentes, clareadores cutâneos, tratamentos contra manchas, protetores solares, produtos contra a queda de cabelos e quaisquer itens que venham a ser classificados em "novas categorias de eficácia". Todos os demais produtos definidos como cosméticos segundo a CosmeticSupervisionandAdministrationRegulation (CSAR) são considerados de "uso comum". A dispensa de realização de testes com animais abrange, portanto, a maioria dos cosméticos importados pela China.


Seria o fim de testes em animais no país?

Ainda não: "É um processo de transição. Desde 1938, o teste de cosméticos em animais era obrigatório no mundo inteiro, algo que foi mudando com o passar das décadas, e o primeiro passo sempre foi derrubar esta obrigatoriedade", explica Carlos Praes, responsável por pesquisa e desenvolvimento da Sallve. "Depois passou a se tornar obrigatório não testar em animais em alguns países (ou em estados americanos, como a Califórnia). Essa proibição deve alcançar todo o mundo eventualmente. Na China, por enquanto, ainda estamos no primeiro processo de transição para o fim absoluto dos testes em animais no país."

"Pense em produtos finalizados, como paletas de sombras ou pó compacto. Quando chegam na China, eles precisam ser testados em animais antes de serem comercializados nas lojas do país - mesmo que a marca já tenha feito todos os testes anteriormente", explica Julia Petit, sobre o mercado de cosméticos chinês. "Para qualquer país que você queira exportar seu produto cosmético, o órgão regulador local analisa seu produto antes de comercializá-lo. A China faz testes físicos em animais. Aqui no Brasil por exemplo, a Anvisa analisa a lista de ingredientes, e até testa o produto, mas não em animais", completa.

A importância do mercado chinês

Para muitas marcas, abrir mão do mercado chinês é impensável: afinal de contas, ele é avaliado em US$ 33 bilhões. Sendo assim, mesmo que elas não testem em animais em seus laboratórios próprios, elas acabavam se dobrando às políticas de importação da China. Quando o fim desta obrigatoriedade de testes em animais para que cosméticos sejam comercializados na China finalmente chegar, muitas marcas que já não testavam passam a ser elegíveis para estampar o selo de cruelty-free em suas embalagens. "Muitas empresas já não testam mais. As que testam ainda usam métodos muito antigos, já que hoje em dia há diversas alternativas para este tipo de prática. A questão é mesmo essa obrigatoriedade em laboratórios chineses", esclarece Julia.

Coelho, sendo representado como mercadoria
organicewebbrasil.com.br

Qual é o impacto do fim da obrigatoriedade no futuro?

Para Julia, o passo é importante para um futuro em que os testes em animais sejam completamente banidos da indústria de cosméticos: "O mercado chinês é a última desculpa para justificar testes. As marcas que ainda testam acabam se apoiando nesta justificativa da China, usando isso como desculpa para não olhar para sua própria cadeia de produção. Tirando essa obrigatoriedade, não há mais qualquer justificativa científica para testar cosméticos em animais".

Outro impacto importante na indústria de cosméticos é que agora o mercado chinês, tão poderoso, abre suas portas linhas crueltyfree locais, já em sintonia com a demanda mundial.

A ONG internacional de direitos dos animais CrueltyFreeInternational comemorou o "passo importante" para o fim de testes em animais no mundo inteiro: "Essa garantia das autoridades chinesas de que os testes em animais não são mais uma prática normal para produtos cosméticos nacionais é um passo gigantesco na direção certa, e muitíssimo bem-vindo".

A decisão da China vem na cola do posicionamento da Austrália no começo deste ano. A nova lei local rejeita qualquer teste em animal como evidência de segurança de um produto para uso, forçando todas as marcas a desenvolverem outros métodos. A União Europeia, por sua vez, baniu os testes em animais de seus territórios desde 2013, enquanto aqui no Brasil sete estados já proibiram a prática e um projeto de lei está em processo na câmara legislativa.

Apenas o primeiro passo

É preciso manter em mente porém que este é apenas um passo, e outras circunstâncias de mercado ainda podem exigir testes em animais de cosméticos já comercializados na China, como por exemplo reclamações de consumidores, e para Carlos Praes, a iniciativa é meramente comercial: "Eles estão querendo sentir o mercado. Ao mesmo tempo, se produzir na China não exige mais testes em animais mas exportar para o país sim, isso pode atingir gigantes do mercado de cosméticos, que andam se movimentando para tirar suas fábricas do país para atrair consumidores. É muito mais uma barreira comercial do que algo ideológico, humanitário ou científico."

 

 

Mercado da beleza apresenta novas tendências para 2021

Por: Daniel Pereira Fonte: sallve.com.br Em: 17.02.21 Produtos veganos e naturais  lookaholic.wordpress.com Produtos que ajudam a promover o...